21 de abril de 753 A.C. é a data lendária da fundação de Roma por Rômulo, que, segundo o mito, traçou o sulco que delimitava o perímetro da cidade.
Instalada entre sete colinas facilmente defensáveis, situada estrategicamente no meio da península italiana, banhada pelo rio Tibre, que permitia acesso ao mar sem estar perto demais da costa, fazendo-a vulnerável a ataques de piratas ou invasores, Roma prosperou.
A data mítica parecia confirmada pelas escavações no Monte Palatino, inclusive com o achado das fundações de cabanas circulares, datadas do século VIII A.C. Porém, achados recentes parecem indicar que a ocupação do local recua ainda mais, para cerca de 900 A.C. Alguns estudiosos também sustentam que a toponímia indicaria que Roma foi um povoado de origem etrusca, e não uma aldeia latina que foi dominada por algum tempo pelos etruscos, o que contraria a versão mais aceita de que Roma foi uma aldeia latina que os etruscos conquistaram e dominaram por um período.
O fato é que desde o início, como nos mostra a semilendária estória do Rapto das Sabinas, os romanos demonstraram notável capacidade de absorver e aglutinar os diversos povos itálicos e sua cultura.
Após ser saqueada pelos gauleses em 390 A.C, Roma iniciou uma notável expansão, incialmente pela Itália, depois pela orla do Mediterrâneo e, finalmente, adentrando o norte da Europa, levando a civilização helenística a lugares até então a ela alheios, como as ilhas Britânicas, a margem oriental do rio Reno e a margem setentrional do rio Danúbio.
Somente após 800 anos de acumulação de incomensuráveis riquezas, a Cidade Eterna foi saqueada novamente, em 410 D.C.
Começava , então, a Roma dos Césares a se reinventar como a Roma dos Papas.
Roma, então, já havia deixado de ser uma cidade para se converter no cerne da civilização ocidental, e, ainda, em um ideal de uma civilização universal, Urbi et Orbi.
FELIX DIES NATALIS!