(Mosaico de uma casa romana de Tysdrum (El Djem), na Tunísia, foto de
)No antigo calendário romano, de dez meses, que começava no mês de março, Quintilis era o nome do quinto mês, que vinha depois de Junius (junho), assim chamado para homenagear a deusa Juno, e antes do mês Sextilis.
Devido a imprecisão desse calendário primitivo, os romanos passaram a adotar um calendário de doze meses, introduzindo-se os meses de janeiro, quer passou a ser o primeiro mês, e de fevereiro. Assim, Quintilis passou a ser o sétimo mês do ano, mas, mesmo assim, ele manteve esse nome, com o qual o povo já estava acostumado.
Apesar disso, persistindo ainda consideráveis discrepâncias entre aquele calendário romano, de apenas 355 dias e o ano solar (período de translação da Terra em torno do Sol, ordinariamente de 365 dias), o ditador Caio Júlio César, em 46 A.C., assistido por uma comissão de astrônomos notáveis, determinou a adoção do calendário de um novo calendário, inspirado pelo mais preciso Egípcio, de 365 dias, ajustando o número de dias dos diversos meses, que passou a ser chamado de “Calendário Juliano“.
Após o assassinato de Júlio César, nos Idos de março de 44 A.C., entre as homenagens póstumas decretadas em sua memória, o mês Quintilis foi rebatizado de “Julius“, que, na língua portuguesa, transformou-se em “Julho“. O motivo da escolha de Quintilis para homenagear César é o fato dele ter nascido no dia 12 de julho de 100 A.C.
No mês de Julho, a data mais importante compreendia os oito dias dos Ludi Apollinares, jogos em honra do deus Apolo, a divindade associada com o Sol, entre 06 e 13 de julho, homenagem muito apropriada, afinal, em julho começa o verão no Hemisfério Norte!