No antigo calendário romano, ABRIL era o segundo mês do ano. Mas posteriormente, ainda durante a República, o mês passou a ocupar a mesma posição no calendário que ocupa hoje. Porém, o trigésimo dia do mês de abril somente foi adicionado com a reforma do calendário determinada pelo Ditador Caio Júlio César, que por isso recebeu o nome de “Calendário Juliano” e foi utilizado no Ocidente até o século XVI.
Abril, ou Aprilis, vem do latim “aperio”, “aperire“, do verbo latino que signfica “abrir“. Nos Fasti Praenestini, um antigo calendário romano que sobreviveu em fragmentos até os nossos dias, é mencionado que no mês de abril “abrem-se as flores, os frutos e os animais e os mares e as terras”.
(Os “Fasti Praenestini, foto de Marie-Lan Nguyen)
Entre os muitos festivais romanos ancestrais celebrados no mês de abril, destacam-se a Fordicidia, um festival de fertilidade agrícola e criação de animais domesticados, celebrado no dia 15, a Parilia, uma festa dos pastores, no dia 21, a Vinalia, no dia 23, um dos dois festivais do vinho celebrados no ano (o outro era em agosto) e a Robigalia, no dia 25, uma festa para proteger as colheitas das pragas. Além destes, do dia 4 ao dia 9 eram celebrados os Ludi Megalenses, em homenagem à Grande Mãe Cibele, uma divindade importada de Pessinus, na Frígia.
Na segunda metade do mês, em data incerta, era celebrada a Cerealia, em homenagem à Ceres, a deusa da agricultura e das colheitas. E no dia 27 ( e depois, no dia 28, já no Calendário Juliano) era celebrada a Floralia, em homenagem à deusa Flora, a deusa das flores.
Uma importante data que passou a ser comemorada a partir do reinado do imperador Cláudio foi a fundação de Roma (Roma Condita), no dia 21 de abril.
Nas calendas de abril (dia 1º), ocorreu um fato marcante na História de Roma: o imperador Maximiano foi nomeado Augusto, e, na prática, Imperador Romano do Ocidente, pelo imperador Diocleciano.