Em 10 de novembro do ano 461 D.C., faleceu o Papa Leão I.

Natural da Toscana, nascido em data incerta, Leão, proveniente da nobreza romana da Itália, foi consagrado bispo de Roma em 440 D.C, quando o Cristianismo já era a religião oficial do Império Romano havia quase meio século.
Em seu papado, Leão estabeleceu as bases para o reconhecimento inconteste da primazia de Roma sobre as demais arquidioceses, tendo jurisdição universal derivada diretamente de São Pedro (“Primazia Petrina“), influenciou os importantes Concílios de Éfeso e de Calcedônia e combateu heresias, notadamente o Maniqueísmo. Nessa questão, Leão contou com o apoio do Imperador Romano do Ocidente, Valentiniano III.
Porém, o fato mais notável da carreira de Leão foi o encontro com Átila, o Huno, quando este invadiu a península italiana, saqueando e destruindo a grande cidade romana de Aquileia.
Após conversar com o Papa, às margens do Lago Garda, Átila decidiu se retirar da Itália, fato que os contemporâneos consideraram miraculoso. Fontes mencionam que as correntes quebradas de São Pedro (que até hoje estariam guardadas na Igreja de San Pietro in Vincoli, em Roma) teriam se unido milagrosamente durante a embaixada de Leão à Átila.
Crenças à parte, muitos historiadores reconhecem a importância da embaixada do Papa, mas que o motivo principal que teria convencido o Huno a deixar a Itália foi a notícia de que grassava a Peste na península.
Por sua trajetória, muitos consideram Leão o fundador do papado moderno, e por tudo isso, recebeu o cognome de “Magno” (grande).