O CONCÍLIO DE CALCEDÔNIA

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Em 8 de outubro de 451 D.C, na cidade de Calcedônia (atual Kadıköy, na Turquia), situada na provi­ncia da Bití­nia, parte do Império Romano do Oriente, teve início o quarto concílio ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Marciano.

ASBITHY

 

O Concí­lio de Calcedônia teve como objetivo resolver as disputas teológicas relativas à natureza de Jesus Cristo e os cismas intensificados pelo Concí­lio de Éfeso, sobretudo entre as Sés de Antióquia e Alexandria. Um importante cânone foi o reconhecimento da Sé de Constantinopla como tendo as mesmas prerrogativas e privilégios que a Sé de Roma, vindo, somente nos assuntos eclesiásticos, logo depois da velha Capital.

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A principal consequência do Concí­lio de Calcedônia foi repudiar as doutrinas Monofisista, para quem a natureza de Jesus seria unicamente divina, e Nestoriana, onde em Cristo haveria duas pessoas, uma humana e outra divina e que também negava que Maria pudesse ser a mãe de Deus. O Credo resultante do Concílio de Calcedônia é o seguinte:

“Todos nós, com voz uníssona, ensinamos a fé num só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo o mesmo perfeito na divindade e o mesmo perfeito na humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, com alma racional e com corpo, da mesma substância do Pai quanto à divindade e quanto à  humanidade da mesma substância que nós, em tudo semelhante a nós menos no pecado; o mesmo que desde a eternidade é procedente do Pai por geração quanto à divindade e o mesmo que quanto à  humanidade nos últimos tempos foi gerado pela Virgem Maria, Mãe de Deus, por nós e nossa salvação; sendo um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que nós reconhecemos com o existente em duas naturezas, sem confusão, sem mutação e sem divisão, sendo que a diversidade das naturezas nunca foi eliminada pela união, ao contrário, a propriedade de cada uma das naturezas ficou intata e ambas se encontram em uma só pessoa e uma só hipóstase. O Filho não foi dividido ou separado em duas pessoas, mas é um só e o mesmo a quem chamamos de Filho, Unigênito, Deus, Verbo, Senhor, Jesus Cristo, como desde o iní­cio a respeito dele falaram os profetas e o próprio Jesus Cristo nos ensinou e como nos foi transmitido pela Doutrina dos Padres.”

Esse credo não foi aceito pelas Igrejas da Armênia, de Alexandria, da Etiópia e da Sí­ria, o que acabou dando origem ao Cristianismo Ortodoxo Oriental e suas respectivas Igrejas, dentre as quais se destaca a Igreja Ortodoxa Copta. Muitos historiadores acreditam que os cismas e os conflitos decorrentes da não-observância do Concí­lio de Calcedônia por esses milhões de fiéis, os quais nunca resolvidos, facilitaram a conquista das províncias orientais do Egito e da Sí­ria pela expansão islâmica no século VII D.C

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